sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MERCADO DE CERVEJAS ARTESANAIS ATRAI CADA VEZ MAIS EMPREENDEDORES

A cerveja hoje não é mais só clara ou escura. Palavrinhas complicadas como pale ale, stout e weissbier passaram a fazer parte do vocabulário de quem aprecia a bebida e essa mudança de comportamento do consumidor ajuda a movimentar um setor em crescimento no país. E esse número cada vez maior de especialistas e curiosos em experimentar sabores diferentes formou um mercado bastante promissor.
Para quem pensa em começar, o caminho natural é a produção da própria cerveja. A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima que existem hoje cerca de 200 microcervejarias em atividade, mas elas representam apenas 0,15% do setor cervejeiro nacional, dominado por grandes empresas. “Nos Estados Unidos existem 2,4 mil. Há 30 anos, eles começaram com 90. Se o Brasil seguir a mesma proporção de consumo e vendas, podemos chegar a 2,5 mil em 20 anos”, afirma Luiz Vicente Mendes, diretor da feira Brasil Bier e um dos especialistas no segmento.
Ele não é o único otimista. O empresário austríaco Herwig Gangl enxerga um grande potencial no Brasil. Há 16 anos, ele abriu a cervejaria Krug para vender chopp e, em 2004, passou a produzir a cerveja Áustria em Minas Gerais. “O mercado aumentou muito nos últimos anos. A juventude adotou a cerveja especial, o que significa que o futuro é muito promissor”, avalia Gangl, que produz 200 mil litros por mês.


Começar uma cervejaria exige investimento inicial mínimo de R$ 200 mil. Mas uma alternativa – já adotada por alguns empreendedores – é alugar espaços de indústrias já existentes. Essa foi a tática adotada pelos irmãos David, Rafael e Alexandre Michelsohn, os criadores da cerveja Júpiter.
O modelo de cervejaria ‘cigana’, como o mercado convencionou chamar esse tipo de operação descentralizada, levou a produção do primeiro rótulo da empresa familiar em Serra Negra, cidade do interior de São Paulo. A segunda cerveja do trio, porém, será fabricada em Ribeirão Preto.
“Você não arrisca muito dinheiro de uma vez só. E se eu precisar de financiamento, a chance de conseguir é maior se tenho um negócio com histórico positivo”, conta David. Até o fim do ano, o trio deve desembolsar R$ 100 mil só para o lançamento dos dois produtos.
Fonte: estadao.pme.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário