quarta-feira, 3 de julho de 2013

SAPATEIRO EMPREENDEDOR

Nas ruas do Centro do Rio de Janeiro, o sapateiro Almeida Oliveira, 34 anos, conquista a clientela local consertando o saltinho dos sapatos que ficam presos nas pedras portuguesas e nos paralelepípedos. Apesar de ainda não ser formalizado, ele já sabe que passos deve seguir para ser microempreendedor individual e abrir a própria loja de consertos de calçados e bolsas.

“Não sou apenas sapateiro. Ajudo a população quando ela está com problemas e assim conquisto meus clientes. Comecei como engraxate e vi que era um mercado pouco explorado, com espaço para crescer. 
Aprendi a exercer a profissão com pessoas que trabalhavam há mais tempo e pesquisei na internet métodos para aperfeiçoar meu trabalho. Agora vou me cadastrar para ter CNPJ e abrir meu próprio negócio no Centro”, conta.

Há sete anos, ele trabalha no mesmo ponto na Rua da Assembléia. Nesse período, distribuiu mais de sete mil cartões com seus contatos e serviços e tem planos para fazer um site. Com essa atitude, atrai uma clientela fiel e tão diversificada que, para atender a todos os pedidos, teve que contratar um ajudante e um aprendiz.
Trabalhando de segunda a sexta, em horário comercial, ele fatura, em média, R$ 3,5 mil por mês. Descontados o salário e os benefícios do ajudante, os gastos com material, o aluguel do depósito para guardar os instrumentos de trabalho, sobram R$ 1,5 mil para os gastos pessoais (ele tem dois filhos com menos de 10 anos) e para economizar para abrir a loja de sapateiro.
Oliveira também faz parte da rede Só no Sapatinho, composta por outros nove sapateiros da região. Cada membro possui um equipamento diferente como máquina de costura, lixadeira e outros instrumentos de sapataria, e nos fins de semana se reúnem para fazer os trabalhos mais complexos. Os lucros são divididos em 10 partes iguais.
Como prosperar: Para quem vai começar o próprio negócio é fundamental separar as contas da empresa e a renda pessoal. O processo é simples: basta anotar tudo que entra e sai do caixa da empresa e verificar se o empreendimento gera lucro. Além disso, é preciso se diferenciar da concorrência e atrair novos clientes.

“Não espere que o cliente vá até você. 
Observe a localidade, seja proativo e 
ofereça seu serviço” 
 Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP

Após todos os descontos, Almeida Oliveira coloca no bolso R$ 1,5 mil por mês, quer se formalizar e até montar um site próprio.

Texto: Felipe Chesine
Edição: Lilá Araujo
Foto: Divulgação
Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias.

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